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Faço votos para que ainda vamos a tempo de recuperar o que nos ficou dessa época e onde tantos e tão bons artistas colaboraram.
Utilizando exemplares do Museu
de Arte Popular e do Museu de Etnologia, e tendo por base os estudos de
Fernando Galhano, podemos ver mais de 300 cestos que, em grande parte, já não
se fazem. As peças são apresentadas por regiões e com indicação da sua
utilidade.Parte do painel da sala
Para mim uma exposição é mais
do que um deleite visual, qualquer que seja o tema. Quero aprender com o que
vejo. Por isso me irritam as exposições grandiosas, por vezes internacionais,
com legendas mal traduzidas, informações superficiais e identificação que fica
a um metro da obra, em que os curadores acham que a obra vale só por si.
Nesta exposição o conjunto de
cestos tem placas que os identificam de forma fácil. Estão perto das obras,
seguem o mesmo modelo em todas as vitrines e percebe-se, mesmo num conjunto
grande de cestos, qual o seu nome, a região de proveniência e para o que serviam. Parece
simples, mas para quem, como eu, já viu tantas exposições sabe que nem sempre é
assim.
Pequeno cestinho para figos e doces
Não deixem passar, porque por
vezes as exposições de longa duração são as mais fáceis de perder porque
pensamos que vai lá estar mais tempo e quando damos por isso acabou. Vão ver!
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