«Vale mais fumar “Definitivos” provisoriamente do que “Provisórios” definitivamente.»
Aqueles que se lembram desta frase sabem que não era um slogan publicitário mas um trocadilho com graça aplicado a estes dois tabacos concorrentes.
Os “Definitivos” foram lançados pela Tabaqueira em 1928, ao mesmo tempo que a marca “Três Vintes (20-20-20)”. Esta empresa tinha sido fundada em 1927 por Alfredo Silva (CUF), era privada e concorria com as Manufacturas do Estado.
Inicialmente apresentava-se em embalagem de 12 cigarros, que não deve ter durado muito tempo e é praticamente desconhecida.
A embalagem mudou para a que todos conhecemos, em data que não identifiquei, apresentando-se nas cores azul, encarnado e dourado, mas sofreu modificações em 1983, com a perda do dourado e em 1997, de acordo com os registos. A caixa aqui mostrada apresentava-se em caixa cartonada, como era habitual, tinha 24 cigarros e custava 1$70.
Quanto aos “Provisórios” foram lançados pela Companhia Portuguesa de Tabaco em 1938. Esta é uma caixa cartonada que, numa das faces laterais diz ter 24 cigarrilhas e custava 1$80. Existiu também em maços mas apresentou-se sempre com este fundo de listas cremes e grenats. Identificava-se como «tabaco francês», embora ninguém soubesse o que isso significava. É possível que se destinasse a contrariar a incial expressão dos cigarros “Definitivos” que, no início, diziam «tabaco de tipo português».
Estas foram provavelmente as marcas de tabaco que mais nostalgia deixaram nos portugueses e há muito que deixaram de fazer mal à saúde.
A rapaziada do meu tempo chamava-lhes os "mata ratos".
ResponderEliminarJosé
Sabe quando deixaram de se fabricar os Provisórios? Precisava de saber para um trabalho. Obrigada.
ResponderEliminarAnónimo,
ResponderEliminarNão sei a data. Na década de 1970 ainda existiam. Será melhor contactar a Tabaqueira para se informar com exactidão.