segunda-feira, 28 de maio de 2012

Definitivos ou Provisórios?


«Vale mais fumar “Definitivos” provisoriamente do que “Provisórios” definitivamente.»
Aqueles que se lembram desta frase sabem que não era um slogan publicitário mas um trocadilho com graça aplicado a estes dois tabacos concorrentes.

Os “Definitivos” foram lançados pela Tabaqueira em 1928, ao mesmo tempo que a marca “Três Vintes (20-20-20)”. Esta empresa tinha sido fundada em 1927 por Alfredo Silva (CUF), era privada e concorria com as Manufacturas do Estado.
Inicialmente apresentava-se em embalagem de 12 cigarros, que não deve ter durado muito tempo e é praticamente desconhecida.
A embalagem mudou para a que todos conhecemos, em data que não identifiquei, apresentando-se nas cores azul, encarnado e dourado, mas sofreu modificações em 1983, com a perda do dourado e em 1997, de acordo com os registos. A caixa aqui mostrada apresentava-se em caixa cartonada, como era habitual, tinha 24 cigarros e custava 1$70.

Quanto aos “Provisórios” foram lançados pela Companhia Portuguesa de Tabaco em 1938. Esta é uma caixa cartonada que, numa das faces laterais diz ter 24 cigarrilhas e custava 1$80. Existiu também em maços mas apresentou-se sempre com este fundo de listas cremes e grenats. Identificava-se como «tabaco francês», embora ninguém soubesse o que isso significava. É possível que se destinasse a contrariar a incial expressão dos cigarros “Definitivos” que, no início, diziam «tabaco de tipo português».
Estas foram provavelmente as marcas de tabaco que mais nostalgia deixaram nos portugueses e há muito que deixaram de fazer mal à saúde.

3 comentários:

  1. A rapaziada do meu tempo chamava-lhes os "mata ratos".
    José

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  2. Sabe quando deixaram de se fabricar os Provisórios? Precisava de saber para um trabalho. Obrigada.

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  3. Anónimo,
    Não sei a data. Na década de 1970 ainda existiam. Será melhor contactar a Tabaqueira para se informar com exactidão.

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