Na minha última vista ao Museu of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque, fotografei este quadro de René Magritte (1898-1967), o pintor surrealista de nacionalidade belga. O quadro, um óleo sobre tela, foi pintado em Bruxelas, em 1935.
Para se interpretar melhor é necessário saber que se intitula «O retrato».
Um olhar rápido pode levar-nos a pensar que se trata de uma natureza morta mas a sensação inquietante do consumo do olho, remete-nos para o universo do surrealismo e para outros quadros do autor em que novamente o olho se torna num objecto importante, como o «Falso espelho», de 1929.
Em matéria de alimentação, podemos dizer que o gosto de comer olhos de animais é dos mais controversos. A cultura ocidental não a acarinha, embora todos conheçamos os apreciadores de olhos de peixe que, frequentemente, coincidem com os apreciadores das grandes cabeças de peixe. Em linha de apreciação seguem-se os olhos de carneiro servidos em sopa e apreciados nalgumas culturas, em especial no Médio Oriente.
Uma pintura surpreendente que nos deixa sem palavras. Para quem quiser, aconselho a ler uma análise mais aprofundada deste quadro, feita por Janine Catalano, em «Distasteful: An Investigation of Food’s Subversive Function in René Magritte’s The Portrait and Meret Oppenheim’s Ma Gouvernante—My Nurse—Mein Kindermädchen».
IMPRESSIONANTE!O que passou para você
ResponderEliminarAna aquele olho no centro do prato?
Ana Maria Job
ResponderEliminarPerplexidade.
Um abraço.